Uma atual estimativa do Gartner expõe que o mercado mundial de softwares de hiperautomação deve expandir sua capacidade em 23% até 2022, chegando à cifra de US$ 596,6 bilhões. De acordo com a consultoria, esta ampliação deve-se por cinco fatores: a vontade das empresas em aumentar sua colocação de marca perante seus clientes; eficiência; redução de gastos operacionais; diminuição de erros e falhas humanas e, principalmente, a melhora nos resultados dos negócios.
Portanto, se automatizar deixou de ser uma opção para se tornar um caminho sem volta, sendo que neste cenário tão competitivo e dinâmico para as empresas de todos os portes e segmentos, a adoção das novas tecnologias tornou-se o elemento primordial para as organizações se manterem vivas, principalmente quando o assunto envolve o emaranhando fiscal que embaraça todos os cidadãos do Brasil. Para se ter uma ideia, um relatório publicado recentemente pelo Tesouro Nacional aponta que o total de impostos pagos por aqui, em 2021, chegou ao maior nível em pelo menos 12 anos, atingindo a marca de R$ 2,942 trilhões, ou 33,9% do Produto Interno Bruto-PIB do País.
Neste sentido, o contador Luiz Fernando Nóbrega destaca a importância do compliance, foco de sua especialidade profissional, “por ser um instrumento capaz de agregar transparência e segurança ao pilar contábil-fiscal-financeiro dos estabelecimentos, proporcionando tranquilidade frente à Fazenda Pública e aos órgãos de controle”.
Segundo ele, trata-se de um estudo especializado e contextualizado feito por profissionais das áreas contábil e jurídica, os quais, necessariamente, contando com ferramentas automatizadas, precisam ter o gosto e a intimidade em saber interpretar leis, além de conhecer os posicionamentos da própria administração pública, bem como a doutrina e o entendimento dos tribunais administrativos e/ou judiciais.
Para colocar a ideia em prática, contar com softwares automatizados é a melhor saída, como explica Kamilla Salgado, que atua na área de Treinamentos da Run2Biz, empresa 100% nacional que tem por objetivo auxiliar os negócios a se desenvolverem do ponto de vista digital: “Hoje o propósito das empresas deve ser a melhoria contínua da qualidade da informação, por meio de uma gestão com foco no cliente e constância na qualidade de seus produtos e serviços, além de redução do número de falhas, incidentes, erros ou equívocos”.
Em palestra ministrada pelo professor Edgar Madruga, na sede do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo-Sindcont-SP, no dia 16 de maio, ele expos que o compliance é o único instrumento capaz de ofertar segurança ao contribuinte, por oferecer “viabilidades fiscais” através da avaliação do risco de a empresa sofrer com exigências dos órgãos arrecadatórios além daquelas devidamente cumpridas.
Na oportunidade, o especialista pontuou que, desde o lançamento do Sistema Público de Escrituração Digital-Sped, em 2007, os vários canais de comunicação com o fisco e de entrega de informações foram simplificados e melhorados, todavia, por outro lado, o grau de exigência e detalhamento dos dados aumentou. “Fato é que, com declarações eletrônicas, documentos fiscais também digitais, apuração de impostos sendo feitas por programas web e tudo em tempo real, é fundamental que as empresas estejam atentas à assertividade e à integridade das informações que são transmitidas ao ambiente nacional do Sped, evitando assim problemas futuros e perda de dinheiro com multas”.
Para lidar com essas novidades, se faz urgente, na opinião dos especialistas ouvidos pela Revista Mensário do Contabilista, a adoção da inteligência artificial nas Ciências Contábeis, afinal só por meio do compliance, é possível, em fração de segundos, gerar o valor dos impostos, emitir guias para pagamento, elaborar as informações e transmissão do Sped, cumprir com os deveres trabalhistas e previdenciários dos funcionários e enviar as remessas de pagamento para o banco.
A consequência é agilidade, padronização de resultados, prevenção a ataques cibernéticos, foco nos produtos e serviços oferecidos, atendendo com excelência o consumidor final, e o principal: economia de tempo e dinheiro.
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