A live de orientação aconteceu nesta quarta-feira, dia 24 de novembro, e reuniu especialistas para debater a saúde do homem, o câncer de próstata, prevenções e cuidados e a depressão masculina.
Entre os convidados participaram do evento a doutora e especialista em Neuropsicologia e Reabilitação Neuropsicológica, Marcia Battiston, e o médico especializado em Medicina de Família e Comunidade, Celso Visconti Evangelista. A atividade, em parceria com a Qualicorp, foi mediada pelo presidente da Casa do Saber Contábil, Geraldo Carlos Lima, com a participação do presidente do Sindcont-SP na Gestão 2017-2019, Antonio Eugenio Cecchinato, além dos membros do conselho Consultivo Elcio Valente e Julio Linuesa Perez.
Em sua abertura, Lima falou sobre o objetivo do evento que era tratar do corpo e da saúde do homem, bem como dos cuidados necessários. “Um evento excepcional que faz parte da campanha Novembro Azul, com um bate-papo bem descontraído e que trará subsídios aos nossos colegas da contabilidade em relação à saúde”, disse.
Depressão: sinais não óbvios
Os debates foram iniciados pela doutora e especialista em Neuropsicologia e Reabilitação Neuropsicológica, Marcia Battiston, que focou sua apresentação nos aspectos psicológicos e os aspectos de saúde mental masculina.
Marcia apresentou algumas estatísticas sobre depressão com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que cita que o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas. “5,8% da população brasileira é diagnosticada com depressão, o que corresponde a mais de 12,3 milhões de brasileiros. Só ficamos atrás dos Estados Unidos, com 5,9%, ou seja, 17,7 milhões de americanos”, apontou ela.
Ao falar sobre os sinais não óbvios da doença, a psicóloga elencou alguns pontos de atenção que precisa ser notados. São eles: tristeza, baixa disposição, sentimento de vazio, alteração do sono e alimentares, falta de prazer nas coisas que antes davam prazer, baixa concentração e ideação suicida.
“Nos homens os sintomas podem ser outros e ocorre sempre uma percepção sobre os problemas, já que alguns homens podem não reconhecer os sintomas, principalmente nesse período de pandemia. Portanto, é importante que estejamos atentos”, frisou.
Em um dado muito preocupante, Marcia citou que, de acordo com um relatório de 2015, os homens são mais propensos a ficar em silêncio quando pensam em se automutilar ou se matar. “Quando não tratados, problemas de saúde mental como a depressão são um fator importante no suicídio”, explicou ela, ao lembrar ainda que homens de meia-idade também têm apresentado o maior crescimento nas taxas de suicídio nos últimos 15 anos.
Adoecimento do homem
Já o médico especializado em Medicina de Família e Comunidade, Celso Visconti Evangelista, falou da importância de abordar um tema médico sobre os aspectos psicanalistas e psicológicos e o processo de adoecimento do homem. “A medicina tende a fazer uma cisão entre esses dois campos, em que o médico procura ser sempre mais fisiológico, mas essa separação não trás muitos benefícios”.
Após as apresentações, os convidados promoveram um grande bate-papo e abriram para perguntas dos participantes que acompanhavam no canal no Sindcont-SP no YouTube.
Reveja o evento clicando no link: https://bit.ly/3FQlg3p.